Dia 2 (20/09/12)

Como hoje tinha que estar na universidade às 10h e embora o Google maps me tenha dito que apenas demorava 23 minutos, resolvi sair pouco depois das 9h porque já sabia que me poderia perder. Demorei uns 35 minutos porque ia constantemente a olhar ao mapa e houve uma rotunda em que parei e ora olhava para a rotunda ora olhava para o mapa e devia estar claramente com um ar desorientado pois uma senhora de idade aproximou-se e ofereceu ajuda, e pelo visto eu já estava mesmo próxima da universidade.

Na universidade tudo se acede com cartão, então lá andei com o meu orientador a tratar as coisas necessárias para ter o cartão de acesso, é giro porque anda tudo com um cartãozinho ao pescoço.

Ainda não era hora de almoço e já estava com dor de cabeça, penso que relacionado com o esforço que faço para tentar apanhar tudo o que dizem, que embora saiba inglês, assim às primeiras, com sotaques, barulhos em volta e pessoas a falar ao mesmo tempo torna-se muito difícil apanhar tudo e acabo por ter que estar sempre super concentrada. Outra coisa é a falta de café, estou habituada a beber café e ele ajuda-me no controlo das dores de cabeça, mas por aqui o café é muito caro e como não sou rica. Aliás de casa vez que penso no roubo que o banco me faz sempre que precisar de levantar dinheiro até fecho a carteira bem fechada!

Ah, algo muito giro e nunca antes visto nas universidades portuguesas, esta semana é a semana de recepção aos novos alunos e assim é festas atrás de festas, até aqui tudo bem que pode não ser muito diferente de Portugal, mas preparem-se para o que vem a seguir, havia no meio do campus uma tenda montada com música de discoteca altíssima que se ouvia pelo campus todo! Até fiquei parva com aquilo. Também há outras coisas engraçadas no campus, nem sei bem se lhe posso chamar um campus, pois a universidade é um conjunto de prédios totalmente integrados na restante cidade que se não me tivessem dito eu nem tinha percebido que era a universidade. Mas, como ia a dizer no meio do campus, há um Costa café e outros tipos de estabelecimentos comerciais do género. Ah e parece que a malta por aqui é muito dada aos copos. 

À hora de almoço veio mais uma descoberta chocante, os ingleses não comem nada de jeito, é só sandes e hambúrgueres, vá e umas saladas (mas como eu não gosto de saladas), ainda perguntei mas não há nenhuma cantina, nenhum sítio que sirva comida a sério, pois, parece que não. Então o meu almoço foi um cachorro, mas muito diferente dos nossos cachorros, era num pão redondo e dentro tinha 2 salsichas abertas, salsichas a sério não das de frasco e um molho muito bom que vinha num copinho. Comi também umas batatas fritas assim em formato de gomos que também vinham acompanhadas de um molho agradável, um deles vermelho e em algumas partes demasiado picante, mas bom na mesma.

Hoje contaram-me algumas coisas sobre a história de Plymouth, e parece que durante a 2ª guerra mundial Plymouth foi muito bombardeada e que quase tudo foi destruído, na universidade até existe uma estátua em homenagem às crianças que morreram nos bombardeamentos. Mas existe um edifício da universidade que sobreviveu aos bombardeamentos. Parece também que há muitas bombas enterradas e agora sempre que há obras têm que evacuar toda a universidade e vem a brigada das minas e armadilhas para verificar se é seguro e se elas não rebentam.

Depois de almoço como ainda não podia começar a trabalhar resolvi ir explorar um pouco da cidade e aproveitar que ainda não estava a chover. Acabei por ter que ir beber um café por causa da cabeça, e embora tenha bebido café no Costa café um dos sítios com o café mais barato acabou por custar-me 1.05£.

Segui depois até à primark para fazer prospecção de mercado e conclui que tenho que lá voltar para comprar algumas coisas quentes antes que morra de frio.

Saindo da loja no centro comercial de Drake Circus, lá segui eu de mapa na mão e fui explorando a cidade, passei por algumas igrejas até chegar à zona mais famosa daqui o Barbican e realmente essa zona é bem bonita. É a zona mais antiga da cidade, tem umas construções muito bonitas e depois tem a zona da marina cheia de barcos. Tirei algumas fotografias que mais tarde poderei colocar aqui, até que se me acabaram as pilhas da máquina. Nesta parte antiga passei por várias lojas/cafés com montras deliciosas, cheias de cupcakes e bolos tudo com aspecto divinal, não entrei em nenhum, mas lá voltarei um dia… Sendo que sou super gulosa, ficam desde já a saber que foi difícil resistir, mas fui forte e consegui. Depois segui sempre à beira mar até West Hoe onde iniciei a subida de regresso a casa porque já estava a ficar tarde e ainda precisava de ir às compras, para mais andei sempre com o computador às costas o que tornou o passeio menos agradável.

Ida ao supermercado, algumas coisas mais baratas, outras nem por isso, por aqui a fruta e legumes têm preços impossíveis… Não consegui encontrar arroz normal, só coisas xpto tipo arroz basmati, arroz para risoto, arroz extra fino e outras coisas do género. Isto pode-se dever a eu ir a um supermercado que é uma cooperativa que está aberta até às 22h horas e que assim sendo pode ter menos variedade e preços mais caros, mas sem carro não consigo ir aos supermercados maiores e mais acessíveis em termos de preço que se situam fora da cidade.

Assim termino o meu relato de hoje e se alguém chegou ao fim deste longo texto, então, muitos parabéns.