O diário da Inês

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Dia 65 (22/11/12)


Esteve um rico dia, esteve sim senhora, de manhã a ventania era tal que por cada passo que dava para a frente dava dois para trás, as árvores até rangiam, andava tudo pelos ares, tudo chiava… À tarde a partir das 16h começou a chover assim a bem chover e sempre acompanhado pela ventania. Quando saí estava a chover que se fartava e como estava vento não abri o guarda-chuva, mas como ainda não tinha andado 200 metros e já estava a ficar consideravelmente molhada pensei cá com os meus botões “que se lixe o guarda-chuva, para quê poupa-lo se não me serve quando está este tempo, ao menos o tempo que durar é proveitoso”. Mas já com o vento relativamente mais calmo o guarda-chuva lá aguentou até eu chegar à paragem de autocarro que fica a uns 10 minutos do meu edifício na universidade. Chegada à paragem estive lá 45 minutos, e entretanto tinha passado uma senhora que disse que estava numa paragem mais atrás havia mais de 2h até que a informaram que o percurso de autocarros que ela queria não estava a funcionar. Bem, como já tinham passado 45 minutos pensei que o meu autocarro também não estava a funcionar e lá resolvi apanhar um dos que me deixa a uns 7 minutos de casa. Ao menos quando sai do autocarro já não estava a chover e o guarda-chuva deu o rendimento até casa. Fica aqui registado que se este guarda-chuva resistir até eu me ir embora daqui é o melhor guarda-chuva de todos os tempos, comprado em Itália quando começou a chover e apareceram vendedores de todos os lados e já resistiu a várias intempéries, e não pensem que é um guarda-chuva grande, é mesmo um daqueles pequenos de andar na mala que custou meia dúzia de tostões! Depois tenho que fazer um monumento ao meu vermelhinho. Mas mesmo assim cheguei a casa toda enregelada e molhada, com as calças mais molhadas de que quando saem da máquina de lavar. Quando cheguei à paragem e como as calças me ficam largas ainda tentei centrar as pernas no meio da perna da calça para não tocar no molhado mas depois de tanto tempo à espera e quando comecei a tremer isso tornou-se impossível de realizar… E andar com as calças ensopadas e a caírem cú abaixo, também não facilita muito a vida para se andar depressa e bem!

Ah e quando estava na paragem à espera do autocarro chegou um homem com um guarda-chuva que parecia uma sombrinha de praia das grandes e que se meteu no preciso local onde tapava o campo de visão de quem estava abrigado na paragem e de vez em quando olhava para trás e lá nos via todos a fazer malabarismos para olhar para a estrada e depois ainda se centrava melhor para nós não vermos. Não sei se era intencional, mas se não era, olha que parecia mesmo, raça do homem!

Enfim não sou mesmo pessoa de chuva e vento e mau tempo em geral…


3 comentários:

  1. Ui, que aventura! E essa coisa dos autocarros pah! Eu que pensava que os britânicos eram todos certinhos. :/

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  2. Então a pontualidade britânica é isso mesmo!...

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  3. Olha é os autocarros e as pessoas até agora sempre que marquei com alguém eu cheguei à hora e tive que esperar, por isso tenho que concluir que a pontualidade britânica é um mito urbano! lol

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